Os generais Augusto Heleno e Paulo Sérgio Nogueira, além do ex-comandante da Marinha, almirante Almir Garnier, foram presos na tarde desta terça-feira, 25, após ordem expedida pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. As detenções ocorreram após o magistrado decretar o trânsito em julgado do processo que apura tentativa de golpe de Estado. O general Walter Braga Netto já estava preso e permanece no presídio militar do Rio de Janeiro.

Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), foi condenado a 21 anos de pena. A condenação inclui os crimes de tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, organização criminosa armada, deterioração de patrimônio tombado e dano qualificado. Ele foi encaminhado ao Comando Militar do Planalto (CMP), em Brasília.

Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa, recebeu 19 anos de pena, também pelos crimes de tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, organização criminosa armada, deterioração de patrimônio tombado e dano qualificado. Assim como Heleno, foi levado para o Comando Militar do Planalto, na capital federal.

Almir Garnier, ex-comandante da Marinha, foi condenado a 24 anos de pena, sendo 21 anos e 6 meses de reclusão e 2 anos e 6 meses de detenção, em regime inicial fechado, além de 100 dias-multa, no valor de um salário mínimo por dia. Após a prisão, ele foi encaminhado para a Estação Rádio da Marinha, em Brasília.

Walter Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil, já cumpre pena no presídio militar do Rio de Janeiro. Sua condenação é de 26 anos de pena, pelos crimes de tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, organização criminosa armada, deterioração de patrimônio tombado e dano qualificado.

Os militares permanecerão em salas do Estado-Maior, com estrutura semelhante à utilizada por Jair Bolsonaro na Superintendência da Polícia Federal em Brasília.